quinta-feira, 17 de maio de 2012

Gosta do perfume das flores? Que tal um Jardim cheio delas?


Fotos Pedro Abude
Durante o inverno as pontas dos ramos do clerodendro
perfumado exibem grandes e vistosas inflorescências
branco-rosadas. Esse arbusto chega a até 1,80 m de altura.
A espécie exige sol pleno e é tolerante a regiões de frio
moderado e com maior umidade
Fotos Pedro Abude
Convite ao passeio: pelo caminho de pedra e grama esmeralda,
descobrem-se canteiros com azaleias, clerodendro, camélia
vermelha e tuia. Ao fundo, outra camélia, e o resedá
que desponta de um volume de buxinhos
Passagem com clerodendro 

São 200 m² de verde, arranjado em corredores ao longo da casa, no bairro Cidade Jardim, em São Paulo. O paisagista Rodrigo Oliveira desenhou uma composição orgânica com espécies floríferas e folhagens de diferentes alturas. “O resultado é um efeito naturalista, de acordo com o estilo da casa”, diz Rodrigo. “Cores de flor e volumetria foram alguns dos critérios que utilizei para selecionar as espécies. As plantas perfumadas foram incluí-das, principalmente para que o jardim fosse usufruído durante à noite”, revela o paisagista. Dentre elas, destaca-se o clerodendro, um arbusto que no inverno exibe sua cheirosa inflorescência branco-rosada.
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Fotos Pedro Abude
A lavanda faz a bordadura do canteiro, que tem rosinha
caipira. A grumixama já estava no terreno e foi mantida pelas
paisagistas. Sobre a parede de tijolos, despencam maciços
de aspargos, dispostos em um painel. Ao lado, a eugênia
(mais alta), seguida por uma goiabeira (ao fundo)




Lavanda bordada 

Alta insolação, ventos fortes e pouca profundidade de laje reduzem significativamente as opções de espécies para coberturas. “O desafio é planejar um jardim interessante e durável, com plantas capazes de tolerar as condições ambientais locais”, explica a paisagista Luciana Pompeo de Camargo, parceira de Susana Bandeira, da Maria Flor Paisagismo, neste projeto nos Jardins, em São Paulo. A dupla conseguiu aliar o que parece improvável no jardim de 42 m²: variedades resistentes e, de quebra, acolhedoras. Além de gramado e árvores, há plantas cheirosas que atraem pássaros, como queriam os clientes. Lavandas, alecrins e gardênias perfumam a área, que é exigente em relação à manutenção. Necessita de irrigação automatizada, podas e adubações periódicas para manter o belo aspecto e as flores.

Fotos Pedro Abude
Cultivadas a pleno sol e em solo adubado, as lavandas deste jardim são mais rústicas e resistentes às condições locais de vento e de insolação. “Quando as folhas começarem a rarear, efetuo uma grande poda, assim a beleza do canteiro se prolonga por até dois anos”, diz Susana Bandeira
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Fotos Pedro Abude
Nas prateleiras, vasinhos azuis com orquídeas epidendrum.
O volume à esquerda é o jasmim-dos-poetas, uma
trepadeira de até 4m, cujas flores brancas e perfumadas
podem aparecer entre a primavera e o outono, de acordo
com o clima. No vaso maior (à dir.), a laranjinha-kinkan,
que também tem flores perfumadas
Fotos Pedro Abude
Trepadeira de até 2,50 m de altura, o jasmim-de-madagascar é
também conhecido como flor-de-noiva, pela sua utilização
em buquês. Pode ser cultivado em ambientes ensolarados
ou com sombra parcial. Suas flores surgem entre a primavera
e o verão e são usadas para a confecção de perfumes
Essência concentrada 

A paisagista Mônica Lauretti transformou a área de 4m² de um jardim na Vila Madalena num cantinho cheio de charme. “Como os cachorros vivem soltos nesse jardim, não tem sentido fazer canteiros que serão destruídos. Concentro as plantas mais delicadas em locais protegidos”, diz Mônica. Prateleiras foram instaladas aqui para aproveitar o espaço vertical e receber objetos – lanterninhas, vasos de barro e outros coloridos – que fazem a diferença, além de manter as orquídeas longe dos cães. “Gosto das orquídeas cor-de-rosa
no vaso azul. E elas estão há três meses com flor!”, revela a paisagista, que também tem um carinho especial pelo banco que era da avó: “Essa aparência de antigo é autêntica, tem história”. Apoiados nele, os vasos de jasmim-de-madagascar, que emprestam seu agradável perfume à área.
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Fotos Pedro Abude
Plantadas em jardineiras de aço galvanizado sobre cachepôs
de madeira cumaru, as lavandas emprestam seu perfume
ao jardim. A arquitetura da copa do jasmim-manga é
bastanteramificada. As folhas concentram-se nas
extremidades dos galhos, e estes se dividem de tal forma que
permitem um efeito vazado à espécie
Fotos Pedro Abude
As numerosas e perfumadas flores do jasmim-manga surgem
com mais intensidade entre a primavera e o verão.
No outono,a árvore perde as flores e todas as olhas,
deixando expostos os seus galhos ramificados


Jasmim voador 

Esta cobertura no bairro do Paraíso tem uma vista privilegiada: um panorama de 180O da cidade de São Paulo. Para criar um ambiente reservado dos olhares dos vizinhos, a moradora procurou a paisagista Emilia S. Kai, da Miti Garden. “Elaborei um projeto com plantas não muito altas nem volumosas, e adaptadas às limitações ambientais de uma cobertura”, diz a paisagista. O pedido da moradora por plantas perfumadas foi também atendido com lavandas e um jasmim-manga, plantados em jardineiras de aço galvanizado que ficam escondidas nos cachepôs de madeira. Para este jardim de 30 m² foram selecionados forrações, arbustos e árvores rústicas, irrigados através de um sistema automatizado. Para assegurar seu pleno desenvolvimento e estimular a floração, a paisagista utiliza adubo mineral. O piso, num tom de madeira clara, é de porcelanato, resistente à água.
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Fotos Pedro Abude
O jasmim-dos-açores é uma trepadeira de inflorescências brancas e
muito perfumadas, originária das Ilhas Canárias. Exige sol
pleno, mas é resistente ao frio. É adequado para revestir
grades, treliças e pérgolas


Aroma do chão ao teto 

O perfume das minigardênias e do jasmim-dos-açores invade a sala de TV, vizinha deste gracioso pátio de 20 m² no Real Parque, em São Paulo. “Por se tratar de uma área pequena e toda murada, tivemos o cuidado de utilizar espécies de pequeno e médio porte no perímetro do muro, bem como trepadeiras em treliças”, diz o paisagista Odilon Claro, da Anni Verdi. “Ter plantas aromáticas era um desejo da cliente. O que determinou a escolha das espécies foram a insolação, a cor das flores e a textura das folhas, com diferentes nuances de verde”, acrescenta. Mesmo pequeno, o jardim ainda tem camélia vermelha e viburno, cujas flores perfumadas aparecem principalmente na primavera e no verão, ou esporadicamente, em outros períodos do ano. Em vasos, a primavera e a minirromã acrescentam cor ao projeto, que ganhou um banco na inusitada cor berinjela.

Fotos Pedro Abude
A treliça de alumínio com pintura eletrostática, da Anni Verdi, conduz o jasmim-dos-açores, trepadeira que pode atingir até 2,50 m de altura e floresce durante quase todo o ano. Abaixo, o canteiro linear de viburno, que, mesmo sem flores, confere um efeito interessante pelo tom e pela textura das folhas. À esq., primavera podada como árvore, e, à dir., um dos exemplares de camélia

Fonte: CAsa e Jardim

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