sexta-feira, 25 de maio de 2012

Saiba como se organizar para o financiamento imobiliário


O mercado imobiliário brasileiro ainda está aquecido, os preços estão altos e os metros quadrados, dependendo da região, caríssimos. Mesmo assim, conquistar a casa própria é um sonho que muitas pessoas não estão dispostas a adiar. Mas antes de fechar um financiamento, é preciso se organizar, dizem especialistas.


Verificar o orçamento familiar, pesquisar muito bem os imóveis, estudar os melhores bancos e as taxas embutidas em um crédito, além de pensar nos possíveis gastos para reforma e decoração são tarefas essenciais para o comprador da casa própria.
Especialistas consultados pelo iG ajudam na organização financeira para o processo do financiamento. Veja abaixo os principais pontos levantados por eles.

1 – Defina onde quer morar
O primeiro passo, na visão de Reinaldo Domingos, educador financeiro do Dsop, é definir onde se quer morar. “Existe uma enorme variedade de imóveis e padrões hoje em dia. É preciso se perguntar: qual é o meu padrão?”, diz.
Os imóveis podem ser divididos entre casas ou apartamentos, tamanho, número de dormitórios, de vagas na garagem, localização, enfim, diversos quesitos que interferem no preço final de cada um.

2 – Faça uma avaliação da renda familiar
E é por isso mesmo que o segundo passo está diretamente ligado ao primeiro. Sabendo qual é o seu foco e o custo, é hora de analisar a renda da família e a capacidade de comprometimento de parte dessa renda com o financiamento, afirma Domingos.
É imprescindível saber o que cabe no bolso de cada um, esclarece o especialista, e , apesar da ansiedade de ter a sua casa própria, considerar se não é melhor economizar um pouco mais e dar uma entrada melhor, ou até comprar à vista em alguns anos. As instituições financeiras podem oferecer melhores condições de empréstimo dependendo do valor pago como entrada do seu imóvel.
Se não quiser esperar, tudo bem. Mas é preciso fazer as contas. César Caselani, professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas, explica que não há um número mágico que diga exatamente quanto da sua renda pode ser comprometido com as prestações de um financiamento, “mas o teto é 30%,” diz.
“As pessoas têm aluguel, escola, luz, internet, entre outras contas fixas a pagar. Se o gasto chegar muito próximo à metade da sua renda, provavelmente você vai ter problemas para pagar as outras contas”, alerta.
“Não é à toa que a Caixa [Caixa Econômica Federal] está fazendo mais um feirão com milhares de imóveis. São propriedades que os mutuários não conseguiram terminar de pagar e foram tomadas”, complementa Domingos.

3 – Unir a família é fundamental
É importante envolver toda a família na decisão de comprar um imóvel, lembra Caselani. Deve-se convencer a todos que se não houver uma redução nos gastos, o pagamento do imóvel pode ser prejudicado. “Alguém tem que lembrar que possivelmente não haverá mais aquela viagem que estava sendo planejada, e isso pode gerar um conflito. A conversa é sempre complicada, mas a família precisa falar sobre dinheiro”, observa o professor.
Todos devem estar dispostos a colaborar. Em geral, de 20% a 30% de tudo que gastamos dentro de casa é em excesso, aponta Domingos. Portanto, é possível tentar reduzir os gastos.
4 – Tenha paciência para pesquisar
Desde abril, os bancos estão anunciando quedas nas suas taxas de juros. No entanto, é preciso avaliar tudo isso com calma, avisa Caselani. Isso não necessariamente significa que o custo será menor, pois o que algumas instituições financeiras estão fazendo é aumentar outras tarifas para compensar, completa.
Sempre é preciso pesquisar quais seriam as melhores taxas para o seu perfil. Quando você é cliente de um banco já há algum tempo, a probabilidade de conseguir benefícios no pagamento é maior, explica o professor.

5 – Prepare-se para mais gastos
Os gastos relativos à compra de uma casa ou apartamento não se resumem apenas ao imóvel em si, diz Osmar Roncolato, vice-presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
“As pessoas querem condições habitáveis. Deve-se pensar desde o primeiro momento até as despesas que só aparecem depois, como armários, por exemplo”.
Se for um imóvel usado, pode ser que ele precise de reforma, móveis e outros acessórios novos. Se ele for novo, o comprador pode gastar até 30% do valor do imóvel a mais para poder se instalar, calcula o educador financeiro Reinaldo Domingos.
Isto quer dizer que se o imóvel novo custa R$ 200 mil, os gastos com piso, lustres, móveis, pintura, entre outros itens, podem ser de até R$ 60 mil. Este valor também deve ser contabilizado no momento da compra da casa própria, alertam os especialistas.
Outro fator que se deve observar, conclui Domingos, é o custo de vida na região escolhida para morar. “Quais são os valores dos produtos da região? Quanto custa o pão, o mercado, o combustível? Quanto vai custar meu transporte até o trabalho?” Tudo isso pode mudar o orçamento mensal da família.oupança).  ”As pessoas querem condições habitáveis. Deve-se pensar desde o primeiro momento até as despesas que só aparecem depois, como armários, por exemplo”.
Se for um imóvel usado, pode ser que ele precise de reforma, móveis e outros acessórios novos. Se ele for novo, o comprador pode gastar até 30% do valor do imóvel a mais para poder se instalar, calcula o educador financeiro Reinaldo Domingos.
Isto quer dizer que se o imóvel novo custa R$ 200 mil, os gastos com piso, lustres, móveis, pintura, entre outros itens, podem ser de até R$ 60 mil. Este valor também deve ser contabilizado no momento da compra da casa própria, alertam os especialistas.
Outro fator que se deve observar, conclui Domingos, é o custo de vida na região escolhida para morar. “Quais são os valores dos produtos da região? Quanto custa o pão, o mercado, o combustível? Quanto vai custar meu transporte até o trabalho?” Tudo isso pode mudar o orçamento mensal da família.

Fonte: Central Estratégica

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