quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Decorar o cantinho dos pequenos com segurança, conforto, praticidade e, além de tudo, estilo próprio nem sempre é uma tarefa fácil. Veja dicas...


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Quinas de móveis, saídas de tomadas elétricas, pisos escorregadios... Qualquer elemento de decoração e arquitetura pode ser um perigo em casas com crianças pequenas. Por isso, além de pensar no estilo e no resultado visual, é preciso pensar nos detalhes para proporcionar o máximo de segurança e conforto para os pequenos e praticidade para quem cuida deles. Para ajudar os pais nessa complicada tarefa, especialistas fazem algumas sugestões espertas.

Abaixo os clichês
Ao pensar em um quarto de bebê, logo temos a imagem de um local cheio de babados, tons pastel e bonequinhas, principalmente quando se trata de uma menina. Na decoração moderna, no entanto, eles aparecem cada vez menos. Vale lembrar, porém, que não há regras: nada impede que os pais utilizem uma decoração romântica, se essa for a vontade e o estilo que mais os agrada. “Tenho um conceito de quarto de bebê mais moderno e discreto, sem muito ursinho e bonequinha”, diz a arquiteta Débora Lima.

Para a designer Vanessa Guimarães, é importante atender às necessidades básicas da criança. “O mais indicado é proporcionar espaços separados para dormir, brincar e para fazer atividades, como desenhar e estudar. Na falta desses ambientes, dá para resolver a questão com a disposição dos móveis e objetos, como a cama, o criado-mudo, a escrivaninha ou bancada de estudos, o baú de brinquedos, a televisão, futtons... O importante é deixar o espaço lindo e aconchegante”, aponta a profissional.
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Design e formas simples no quarto de Beatriz, de 10 meses, projetado por Débora Lima

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O quarto, decorado pela designer Vanessa Guimarães, mistura estampas de bolinha com floral. Os tons de lilás e verde deixam o ambiente delicado


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A cama, de Vanessa Guimarães, faz da hora de dormir uma brincadeira
Um quarto sob medida, com tudo em ordem
Um dos maiores desafios para quem tem filhos é manter o quarto deles organizado. “Quanto mais objetos, menos espaço para os brinquedos, que devem ser prioridade. Eles enfeitam o ambiente e passam um pouco da personalidade da criança, além de acrescentar cor e vida suficientes à decoração”, explica Débora Lima. “É legal apostar em móveis marcantes e clássicos, que não cansem depois”, completa.

Para manter tudo em ordem, existem várias opções. “Depende do espaço, mas podem ser usados baús, caixas de diversos materiais ou ainda prateleiras ou nichos, deixando os brinquedos à mostra”. Tudo deve ser escolhido em função das crianças. “Os móveis precisam ser pensados para elas, na altura correta, com tecidos macios e cores lúdicas”, indica a arquiteta Viviane Saraiva, da Pro.a Arquitetos. 
Célia Weiss
As quinas da estante foram protegidas com peças de silicone. Uma
parte da parede virou lousa para as crianças desenharem. O
cantinho foi projetado pela arquiteta Andrea Reis


Pequenos a salvo

Antes de tudo, é preciso pensar em cada detalhe para manter os pequenos longe dos perigos domésticos. As tomadas devem ser protegidas com protetores específicos e é importante dispensar móveis e peças de decoração com quinas perigosas. Se não der, cubra os cantos com protetores de silicone. “Móveis que tenham espaços muito grandes, onde as crianças possam colocar a cabeça ou outras partes do corpo também devem ser evitados. Também tente não usar peças sem estabilidade, que possam ser facilmente manuseadas pelos pequenos, ou objetos de decoração frágeis”, alerta Vanessa Guimarães.

Quem mora em apartamento também precisa colocar redes de proteção nas janelas e na varanda. Muitas vezes, este item acaba prejudicando o efeito estético da decoração. Para resolver o problema, a arquiteta Débora Lima dá uma sugestão: “Prefira usar as redes na cor preta, porque nas brancas ou transparentes a sujeira fica mais aparente. Além disso, por incrível que pareça, a preta fica mais camuflada e desaparece ao olhar”. 
 Divulgação
Os nichos ajudam a manter este quarto de menino organizado. Embaixo do sofá, caixas de vime escondem alguns brinquedos. O projeto é da designer Vanessa Guimarães



Tuca Reinés
Piso de madeira, boa iluminação e brinquedos à mostra neste
quarto de criança, assinado por Débora Lima
Proteja os tecidos Canetas, tinta, comidinhas e sucos. Tudo se torna perigoso quando há a combinação de crianças com tecidos e estofados. As manchas são frequentes e, para evitá-las, é preciso tomar alguns cuidados. Uma opção é proteger os tecidos com impermeabilizantes, disponíveis no mercado. “Esse tipo de produto envolve as fibras do tecido e as protege, sem alterar a aparência e a maciez”, diz Débora Lima. A alternativa mais simples são as capas, que podem ser trocadas e lavadas com frequência.

Ao escolher os tecidos do quarto, também é importante pensar na decoração e ainda no conforto e na saúde das crianças. “Podemos usar tecidos com base lisa, listrada ou com estampas neutras”, explica Vanessa Guimarães. “Prefira sempre os tecidos 100% algodão para as peças mais usadas, como edredons, almofadas e jogos de lençol”, completa. Além de causar menos alergias, é macio ao toque.

Pisos e paredes ideais
Quando se trata de piso para casas com crianças, a madeira é quase unanimidade entre os profissionais especializados. Isso porque fica bonito e facilita a limpeza, além de aquecer o ambiente. “Também recomendo o uso do piso em bambu”, sugere Débora Lima. Mais uma alternativa são os pisos vinílicos. “É um material muito higiênico”, aponta Vanessa Guimarães.

 Marcelo Magnani
O quarto de criança não precisa cair na mesmice. Neste projeto da arquiteta Débora Lima, o tapete de pele e os móveis com design moderno são diferenciais
 Marcelo Magnani
Os painéis de MDF com baldinhos de alumínio organizam os lápis de cor e outras peças nesta brinquedoteca, projetada por Vivian Pazian, da Radô Arquitetura
Carpete? Nem pensar! “Acaba sujando muito e, apesar dos novos materiais disponíveis no mercado, levantam poeira e ampliam quadros alérgicos”, diz Débora. Há também os casos em que não dá para mudar o piso e é preciso adaptá-lo aos pequenos. “Se a casa tem piso frio, por exemplo, a solução é colocar um tapete felpudo”, sugere Viviane Saraiva.

Já nas paredes, quanto mais simplicidade, melhor. “Os revestimentos são mais uma superfície na qual as crianças querem desenhar e acabam estragando, ainda que seja na brincadeira”, lembra Débora. Para evitar esse tipo de problema, por que não já direcionar o espaço para os pequenos fazerem arte? “O melhor é pintar as paredes com tinta-lousa ou revesti-las com fórmica própria para giz e canetas especiais. Assim, eles se divertem e a limpeza fica mais fácil”, diz Viviane.

Se for optar pelo uso do lambri, reserve um espaço para os quadros e prateleiras, para que as peças fiquem ou sobre a parede ou sobre o lambri e nunca entre os dois. A dica é da designer Vanessa Guimarães: “Fique atento à altura: o lambri deve estar entre 1,10m e 1,30m do chão, ou então, entre 1,80m e 1,90m. É muito importante deixar um espaço entre 1,40m a 1,80m livre para os quadros ou prateleiras”, explica.
Fonte: Casa e Jardim

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