terça-feira, 10 de setembro de 2013

Está gastando além do que pode? Veja como evitar a impulsividade nas compras

Quem nunca foi ao shopping ou a uma loja para se curar de uma mágoa? Ou aproveitou uma liquidação para comprar dez itens de uma só vez? Atitudes como essas podem levar muitas pessoas – inclusive crianças – ao consumismo ou, em casos mais graves, à compulsão pelas compras.
 
De acordo com Marcia Luz, psicóloga, escritora e palestrante da Plenitude Soluções Empresariais, a maior parte dessas situações está relacionada às mulheres. 
 
“Alguns vícios começam na infância, quando nos acostumamos com a ideia de receber algo de nossos pais sempre que há um descompasso emocional, como a compensação de uma tristeza. Esse é um fenômeno muito parecido com o de quem come ou bebe compulsivamente”, explica a especialista.
 
André Massaro, consultor, escritor, educador financeiro e criador do blog Você e o Dinheiro, do Portal Exame, ressalta que o consumo impulsivo também está ligado a costumes que desenvolvemos; por isso, devemos nos reeducar para ter controle sobre eles. “É importante incorporar novos hábitos de defesa e trabalhar em uma curva de aprendizado para não ‘escorregar’ e fazer compras desnecessárias”, aponta.
 
Como evitar?
 
Confira a seguir dicas valiosas dos especialistas que podem fazer a diferença para não exagerar nas compras:
 
  • O primeiro e mais importante passo é ter consciência da dificuldade de se controlar. “Assuma esse problema e peça a ajuda da família, dos amigos ou de um médico”, diz Marcia.
  • Fique atenta às armadilhas das promoções, como a das “últimas unidades”. Muitas vezes, a mensagem não é verdadeira e faz com que você se deixe levar por uma falsa sensação de urgência.
  • Destine apenas 10% do seu orçamento (ou da sua família) para gastos com compras supérfluas. “Respeitando esse limite, é possível conseguir uma boa margem de ‘respiro’ para arcar com as contas do mês e talvez até poupar um pouco”, explica André.
  • No caso de roupas, somente compre peças se, em troca, tirar um item do seu armário. O ideal é saber o que já possui, perceber que não precisa de mais nada e, consequentemente, abrir mão da compra por impulso.
  • Nunca adquira algo imediatamente. Volte para casa e reflita sobre a necessidade do item. “Se isso não for possível, saia da loja e passeie por meia hora. Essa pausa ajudará você a desconectar o emocional do racional”, aponta Marcia.
  • Ao perceber que está perdendo o controle, crie barreiras para combater a ansiedade. Uma maneira é abrir mão do cheque ou dos cartões de crédito. A solução não precisa ser definitiva, mas facilita em situações de muitas dívidas. O ideal é não ter que recorrer a essa atitude!
  • Frequente lugares em que se sinta segura quanto aos seus gastos. Por exemplo, se você sabe que não conseguirá resistir ao entrar em um shopping, simplesmente desista de ir.
  • Tente priorizar as suas necessidades, diferenciando o que realmente precisa dos seus desejos.
     
Não resisti!
 
Se mesmo depois desses conselhos, você cair na tentação de realizar uma compra indevida, aproveite a situação para refletir se está com um problema de impulsividade.
 
Listamos alguns sinais que vão te ajudar a detectar se é o caso de repensar a relação entre desejo e necessidade.
 
  • Sentir culpa depois de comprar ou perceber que foi uma atitude impensada.
  • Receber faturas de cartão de crédito sem condições de pagar o valor total ou ter um salário menor do que as dívidas.
  • Adquirir uma quantidade exagerada de produtos que não vai usar depois.
 
Em todas essas circunstâncias, não ignore as suas dúvidas ou inseguranças. Procure ajuda!
 
Impulsividade em crianças
 
Por fim, é hora de refletir sobre a relação dos pequenos com as compras. Já que a impulsividade pode ter origem em hábitos da infância, fique atenta à possibilidade de as crianças com as quais convive desenvolverem esse mal. 
 
Marcia finaliza com algumas orientações:
 
  • Presentes dados fora de datas comemorativas devem ser sempre uma exceção.
  • Não tenha medo de frustrar o seu filho ao dizer “não” para tudo o que ele quer.
  • Nunca presenteie a criança apenas para compensar uma contrariedade ou diminuir uma eventual culpa, como a ausência por causa do trabalho. Em vez disso, dê amor e carinho.
  • Faça o seu pequeno escolher apenas um item entre aqueles que quer ganhar. Não dê tudo o que ele pede.
  • Desde os primeiros anos de vida, ensine noções de economia. Mostre que, para ganhar um presente, é preciso abrir mão de algo que ele já tem.
  • É muito importante ensinar as crianças a valorizarem tudo o que ganham, pois existe um esforço por parte dos pais ao comprar cada presente. Se elas não tiverem essa consciência, poderão se tornar adultos ansiosos e consumistas. 

Fonte: Portal Vital

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